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70 anos do Pacto Áureo

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70 anos do Pacto Áureo
outubro/2019
Em janeiro de 1913, o presidente da Federação Espírita do Paraná – FEP, Vicente Nascimento Montepoliciano Junior, em seu relatório de gestão, assinalava a necessidade de adesão dos Centros Espíritas ao Sistema Federativo Estadual.1
Lins de Vasconcellos, secretário geral da FEP, menciona em correspondência ao Centro Espírita de União da Vitória, em fevereiro de 1914: A família espírita não pode viver em desarmonia, nem sem contacto dos centros mais desenvolvidos, por isso procuramos firmar nossa unidade de vistas para que os nossos esforços consigam levar de vencida os obstáculos que surgirem no evoluir da nossa vida de paz e concórdia. (…) Assim, pois caros irmãos, esperamos o vosso movimento de adesão aos nossos princípios, dentro de pouco tempo.²
Enquanto nos seus primeiros anos na diretoria da FEP, Lins, consciente da necessidade de União e Unificação do Movimento Espírita posicionou-se sobre a importância do trabalho solidário e fraterno, o que contribuiu, algumas décadas depois, na sua participação no Pacto Áureo.
A História do Espiritismo, no Brasil, nos mostra, nos primeiros anos, dificuldades de relacionamentos e divergências de posicionamento:
• não havia unidade entre os movimentos regionais ou seja, os órgãos regionais de Unificação (Federativas) relacionavam-se pouco entre si;
• alguns Estados não tinham Federativas que congregassem as Casas Espíritas. Muitas se filiavam diretamente à Federação Espírita Brasileira – FEB;
• algumas Casas Espíritas e mesmo Órgãos de Unificação não se preocupavam com a pureza doutrinária e, por fim, havia divisões, cismas e rivalidades nas Casas e entre as Casas.
Esses aspectos criavam um ambiente propício para a ausência de União dos Espíritas, o que poderia comprometer o avanço da Doutrina, em nosso país.
Allan Kardec alertara: A Doutrina é, sem dúvida, imperecível, porque repousa nas leis da Natureza e porque, melhor do que qualquer outra, corresponde às legítimas aspirações dos homens. Entretanto, a sua difusão e a sua instalação definitiva podem ser adiantadas ou retardadas por circunstâncias várias, algumas das quais subordinadas à marcha geral das coisas, outras inerentes à própria doutrina, à sua constituição e à sua organização.³
Em outubro de 1904, por ocasião das comemorações ao centenário do nascimento de Allan Kardec, algumas Federativas e Casas Espíritas sediadas no Rio de Janeiro, foram convidadas pela diretoria da FEB para participar da solenidade e firmaram um documento que lançava as bases da organização do Movimento Espírita: Bases de Organização Espírita.
Em 1925, surge a ideia de instalar uma Constituinte Espírita Nacional4, com propósitos unificadores, surgindo daí a Liga Espírita do Brasil, que veio a transformar-se na Liga Espírita do Distrito Federal (Rio de Janeiro, à época).
Com o amadurecimento das lideranças espíritas conscientes da necessidade da União de forças e da concórdia, em 1948, no Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, convocado pela USE (mais tarde denominada União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo), foi proposta a criação de uma Confederação ou Conselho Superior de Espiritismo. A ideia não frutificou.
A Espiritualidade prosseguiu em seus esforços para que o Movimento Espírita Nacional se unisse. O II Congresso Espírita Pan Americano, no Rio de Janeiro, de 3 a 12 de outubro de 1949 teve a participação de muitos dirigentes de Federativas e Casas Espíritas.
Lins de Vasconcellos intercede junto ao presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas, para que os receba e uma delegação, constituída por representantes dos Órgãos Estaduais de Unificação leva novamente a proposta da criação de um Conselho Superior de Espiritismo.
Antônio Wantuil apresenta outra proposta, com dezoito cláusulas, que ele redigira, após muitas reflexões. O documento é aprovado pelos presentes.
Essa reunião, de 5 de outubro de 1949, ficou conhecida como a Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro. Posteriormente, Lins de Vasconcellos a chamará Pacto Áureo.
Logo após a assinatura do secretário, que redigiu a ata e o presidente da FEB, assina Lins de Vasconcellos. O Paraná é representado por João Ghignone, presidente da FEP e Francisco Raitani, membro do Conselho.
O documento lança as bases para a criação do Conselho Federativo Nacional da FEB, no qual as Federativas Estaduais têm assento. Instalado e regulamentado em janeiro de 1950, o CFN tem funcionado com inestimáveis serviços e contribuições ao Movimento Espírita Nacional, através de normas, orientações e diretrizes, auxiliando na superação das intransigências, intolerâncias e incompreensões.
Nessa noite, Ismael (o Espírito responsável pelo Brasil), pela psicografia de Olympio Giffoni, em sessão ordinária do Grupo Ismael na FEB, manifestou seu júbilo:
(…) Sim! O fruto amadureceu. E, na hora precisa, por todos pode ser saboreado, meus amigos – por todos os arrebanhados por mim para preparar o celeiro. (…) Avante, caravaneiros da Pátria do Evangelho! (…) Que a humildade seja a vossa primordial arma, a exemplo de Jesus. (…)
Em nome do Divino Mestre e Senhor, em Seu sacratíssimo nome, abençoo a família espírita.5
Referências:
¹ e 2. LOBO, Ney. Lins de Vasconcellos: O Diplomata da Unificação e o Paladino do Estado Leigo. 2. ed. Curitiba: FEP, 2018. pt. 2, 2 Unificação.
3. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 32. ed. Brasília: FEB, 2002. pt. 2. Constituição do Espiritismo. Exposição de motivos. cap. I Considerações preliminares.
4. WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1990. Leopoldo Cirne.
5– CINQUENTENÁRIO do Pacto Áureo. Reformador, Rio de Janeiro, p. 7-9, 32-35, out. 1999.

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